Família: o maior bem que se tem

Daniela Minello

Família: o maior bem que se tem

Quando criança, pegava-me admirando a relação dos meus Pais com a gente,  a relação de outros casais com seus filhos e, de outras famílias com seus filhos em nossa comunidade. Os modos de demonstrarem afetos uns pelos outros em pequenas atitudes cotidianas da vida, me encantava.

Meus Pais sempre dividiam as ações diárias no trato com a casa e na nossa educação.

Eles trabalhavam fora mas, em determinado momento, resolveram que seria melhor a Mãe cuidar de nós e ele prover o sustento da casa.

Foi um acordo que sempre deu certo e, ambos sabiam, da importância das funções um do outro.

Mesmo assim, via meus pais em casa, dividirem as tarefas. Enquanto um preparava a refeição, outro varria o pátio; um podava a cerca viva, outro plantava flores; um auxiliava na lição de casa, outro  instruía nos afazeres gerais.

Assim, fomos percebendo, o quão maravilhoso era ter uma família construída na fortaleza do amor, do respeito, da fé, da entrega, da cumplicidade e do companheirismo.

Também discutíamos e brigávamos e, por vezes apanhávamos; mas lembro, no meu caso, de tudo ser resolvido no diálogo e nos tempos do silêncio, essenciais para que a calmaria voltasse juntamente com o perdão.

Fui aprendendo com minhas irmãs mais velhas, que poderia ser mais assertiva em minhas atitudes que orgulhariam meus pais.

Aprendi, que o amor de uma família, mantêm-se e multiplica-se, a partir da união, da perseverança, da oração e do diálogo entre todos.

Em determinadas fases da vida, lembro que o silêncio tentava consertar algumas ações equivocadas, o que para uns funcionava mas para outros não.

Assim, fui crescendo, tentando absorver as boas memórias para seguir como exemplo, potencializando a compreensão das memórias não tão agradáveis, transformando-as em ações perdoadas para não serem reproduzidas 

Confesso, que por ser a terceira filha a nascer, tive como exemplo minhas duas irmãs para saber o que deveria e o que não deveria fazer sem receber punição.

Hoje, na posição de Mãe e tutora de um lar, me pego tendo a oportunidade de escrever a minha história com meus filhos, baseada em fatos reais,  promovendo a liberdade da criação da história de vida deles, tendo a chance de mudar o enredo e o desfecho, pelo menos o meu, como Mãe, porque o deles à eles compete sob minha orientação e promoção da liberdade com responsabilidade.

Sou muito grata aos meus Pais pela vida e pela educação que tivemos, pois eles nos deram o melhor que podiam dentro das suas condições intelectuais, emocionais e materiais.

Mas e hoje? Estamos fazendo um bom uso da educação que recebemos? Estamos honrando este tempo que foi tão caro para nossos Pais ao nos cuidarem?

Temos tantas oportunidades atualmente, que se parássemos para pensar, poderíamos ter relacionamentos de excelência entre pares,  promovendo uma educação exemplar para nossos filhos.

Mas nada disso vem acontecendo. O ser humano na sua plenitude de inovação tecnológica e intelectual carece de tempo para viver e usufruir de tantas oportunidades. São tantas informações que estamos adoecendo fisicamente e emocionalmente por não darmos conta de tantas informações.

Nossas famílias estão doentes por não se relacionarem mais de forma afetiva. Os casamentos têm-se tornado passageiros e vulneráveis às facilidades mundanas.

Famílias cada vez mais são ramificadas e readaptadas com novos modelos agregadores de  famílias. E, que bom que se tem novas chances. Que bom que se tem novos jeitos familiares. Não estou aqui para apontar o que é certo e nem o que é errado.

Apenas compartilho com vocês a saudade de um amor genuíno chamado família que tive a oportunidade de vivenciar e encher meu potinho de afetos com ela, coisa que ainda faço e compartilho com os meus até hoje.

Tenho plena convicção que um dia, esse sentimento chamado família, em que meus filhos Pedro e Francisco estão crescendo hoje,  transbordará  em afetos  reverberando em novas ações do bem que os potencializarão em suas escolhas de vida.

O que estou fazendo para que isso aconteça? Estou sendo grata à todo amor e educação que tive dos meus Pais, fazendo uma releitura sobre seus sentimentos e ações, liberando o perdão, compreendendo que o que hoje não considero ideal, posso modificar honrando o que recebi e não os culpando. 

Quando sentimos, perdoamos, somos gratos e amamos, tudo se transforma em bem, tudo se transforma em amor.

Eu Daniela, tenho o maior bem que poderia desejar nesta vida, tenho a minha família que forma um valioso tripé, abundante em amor, em paz, em fé em Deus, em saúde, em felicidade, em respeito, em riquezas e em vida em abundância. Somos três e somos fortes na construção da nossa família.

Ser família é ser amor sabendo que este é o bem mais valioso que devemos cuidar. E você? Tem cuidado do seu bem mais valioso?

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Arte nas Janelas: Theatro recebe apresentação gratuita com repertório dos anos 70 e 80 nesta quarta-feira Anterior

Arte nas Janelas: Theatro recebe apresentação gratuita com repertório dos anos 70 e 80 nesta quarta-feira

Jogo do Inter-SM contra o Guarany em Bagé volta para o sábado às 15h Próximo

Jogo do Inter-SM contra o Guarany em Bagé volta para o sábado às 15h

Geral